Autor de uma obra breve mas poderosa, publicada nos anos 70 (Lavoura arcaica, 1975; Um copo de cólera, 1978; Menina a caminho, 1997, reunião posterior de contos), Raduan Nassar acaba de ser galardoado com o Prémio Camões. É uma distinção que enche de júbilo todos aqueles que acreditam na literatura enquanto força que se move entre as palavras e o mundo, desalojando-os a ambos do seu lugar herdado: uma lavoura arcaica e, ao mesmo tempo, uma das formas necessárias da cólera.
Um bom artigo sobre o autor e o prémio, por Luís Miguel Queirós e Isabel Lucas, pode ser lido no Público.