Rosângela Rennó no IEB

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No próximo dia 13 de março, pelas 14h, na sala do Instituto de Estudos Brasileiros da FLUC, Mário Cámara e María Angélica Melendi (esta por zoom) conversarão com a artista brasileira Rosângela Rennó, numa sessão com o título ‘Imagem, memória e arquivo’: Rosângela Rennó conversa com María Angélica Melendi e Mario Cámara. A conversa vem a propósito da recente edição (2023), na .br brasiliana, de Buenos Aires, do livro de María Angélica Melendi, Imagen, memoria y archivo en Rosângela Rennó. O evento é uma organização do IEB com a Bienal Ano Zero de Coimbra.

Passamos a apresentar os participantes.

Rosângela Rennó nasceu em Belo Horizonte e vive no Rio de Janeiro.  O seu trabalho sobre fotografias, objetos e instalações caracteriza-se pela investigação de diferentes políticas de representação/absorção fotográfica e das relações entre memória e esquecimento, através da apropriação de imagens de diversas fontes. Arquivos fotográficos precários, abandonados e até mesmo ‘arquivos mortos’, levaram-na a empenhar-se no esclarecimento e no combate às recorrentes narrativas de apagamento e de ‘ignorância estrutural’, utilizadas como estratégia de amnésia histórica e exclusão de grande parte da população, especialmente no Brasil e nos países do Sul Global. Dedica-se também à criação de vídeos e livros de artista, sempre na mesma base concetual.

Além de participação em inúmeras exposições coletivas, realizou exposições individuais em instituições, tais como: Mécanique Générale (Les Recontres de la Photographie, Arles, 2023), Estação Pinacoteca (São Paulo, 2021), Museum Für Angewandte Kunst Köln MAKK, (Cologne, 2021), Instituto Moreira Salles (Rio de Janeiro, 2017/2018), Photographers’ Gallery (Londres, 2016), Centro Atlântico de Arte Moderno CAAM (Las Palmas, 2014), FotoMuseum (Winterthur, 2012), Centro de Arte Moderna CAM – Fundação Gulbenkian (Lisboa, 2012), Centro de Fotografía CdF (Montevidéu, 2011), Pharos Center for Contemporary Art (Nicosia, 2009), Prefix Institute Contemporary Art (Toronto, 2008), Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães MAMAM (Recife, 2006), Centro Cultural Banco do Brasil CCBB (Rio de Janeiro, 2003), Museum of Contemporary Art MOCA (Los Angeles, 1996), De Appel Foundation (Amsterdã, 1995).

Recebeu os prémios: Women in Motion Kering  & Les Rencontres d’ARLES Photographie, (Arles, 2023). CIFO Grants & Commissions Program (Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami, 2014). Photobook of the year (Paris Photo – Aperture Foundation Photobook award, 2013). Historical Book Award (Les Rencontres d’Arles, 2013). 1o ALICE AwardsArtistic Landmarks in the Contemporary Experience (Global Board of Contemporary Art, 2012). Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro, São Paulo, 2004). 13o  International Festival of Electronic Art (VideoBrasil, São Paulo, 2001). Bolsa Guggenheim (John Simon Guggenheim Memorial Foundation, New York, 1999).

Melendi

Maria Angélica Melendi (Piti) nasceu em Buenos Aires, Argentina. Vive e trabalha no Brasil desde 1975. É Doutora em Literatura Comparada pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (1994-1999). Entre 1986 e 2015 foi professora da Universidade do Estado de Minas Gerais (Escola Guignard) e do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Belas Artes da UFMG. Atuou como pesquisadora nas Exposições Mulheres Radicais (Hammer Museum-Los Angeles; Brooklyn Museum-Nova Iorque; Pinacoteca de São Paulo) e Giro Gráfico (Museu Reina Sofia-Madri; MUAC-UNAM-Cidade do México). É coordenadora do Grupo de pesquisa Estratégias da Arte na Era das Catástrofes. Nos últimos anos investiga as relações entre arte visual, literatura e política na América Latina, com ênfase nas estratégias da memória, assunto sobre o qual tem publicado artigos em livros, jornais e revistas acadêmicas. Entre as suas publicações destacam-se os livros: Estratégias da arte numa era de catástrofes, Editora Cobogó, 2017; e O corpo vulnerado, Editora Cobogó, (no prelo).

foto mario camara

Mario Cámara é doutor em Literatura, professor de Teoria e Análise Literária na Universidad de las Artes, professor adjunto de Literatura Brasileira na Universidad de Buenos Aires e pesquisador independente no Consejo Nacional de Investigaciones Científicas. Publicou Cuerpos paganos, usos y efectos en la cultura brasileña 1960-1980 (2011, Santiago Arcos Editor, Buenos Aires; 2014 EDUFMG, Belo Horizonte), A máquina performática (2017, Rocco, Rio de Janeiro; 2018, Grumo, Buenos Aires) (em colaboração com Gonzalo Aguilar), Restos épicos. Relatos e imágenes en el cambio de época (2017, Livraria, Buenos Aires; 2023, Papeis Selvagens, Rio de Janeiro), El archivo como gesto. Tres recorridos en torno a la modernidad brasileña (2022, Prometeo, Buenos Aires). Foi Professor Visitante na Universidade de Princeton (EUA), e na Universidade Federal Fluminense (Brasil).

Serão atribuídos certificados de presença.

O cartaz do evento é de Thales Estefani.

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