Desbundados e Porraloucas: Programa do colóquio

Publicamos hoje o PROGRAMA do colóquio DESBUNDADOS E PORRALOUCAS. A CONTRACULTURA REVISITADA.

O colóquio terá lugar na sala do IEB-FLUC nos próximos dias 19 e 20 de maio.


Dia 19 de maio


9h30m: ABERTURA

9h45m: Marcelo Moreschi: “PanAmérica: epopeia maquinal-alucinada”

10h10m: Steve Wilson: “’The subway is not the underground’: some coordinates for counterculture in the United States of America”

10h35m: Pedro Serra: “California Trip. Vindicação de Maria José Ragué Arias”


[Pausa para café]


11h30m: Keissy Carvelli: “Minha classe gosta logo é uma bosta: sístole e diástole em romance inacabado de Paulo Leminski”

11h55m: Gustavo Rubim: “Enciclopédia da cuca fundida: anotações a fugir do Catatau em época de solenidades joyceanas” Continue reading

Desbundados e Porraloucas: uma descrição

Publicamos hoje o texto de referência do colóquio DESBUNDADOS E PORRALOUCAS. A CONTRACULTURA REVISITADA, que terá lugar na sala do IEB-FLUC nos próximos dias 19 e 20 de maio.

A Contracultura Revisitada

Numa das suas várias tentativas de concetualização do fenómeno da contracultura, o brasileiro Luiz Carlos Maciel analisa a sua “evolução interna” nos termos de uma passagem do hedonismo à politização e, por fim, ao misticismo profético, o que mostra bem a dificuldade de descrição de um fenómeno que, na sua diversidade, pôs o acento tónico mais na investigação subjetiva e nas mudanças globais de costumes (culturas do corpo e do sexo, demandas identitárias e multiculturais, direitos civis e de minorias, consumo de drogas, etc.) do que na crítica da sociedade de classes e da estrutura de poder. O pano de fundo histórico deste processo é, de resto, conhecido: anos 60, reação ao consenso da sociedade do consumo do pós-guerra, produção de alternativas comunitárias, desencanto político com as referências dos dois blocos da Guerra Fria, a revolta que explode em maio de 68. No Brasil, a década de desenvolvimentismo, cujo ícone maior será Brasília, dissocia-se progressivamente da ideia de democracia a partir de 1964, enquanto na Península Ibérica as ditaduras se prolongam sem fim à vista, no caso português com a guerra colonial em África que condena toda uma geração. Continue reading

Desbundados e Porraloucas. A Contracultura Revisitada no IEB

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Nos dias 19 e 20 de maio próximo terá lugar no Instituto de Estudos Brasileiros da FLUC um colóquio internacional com o título DESBUNDADOS E PORRALOUCAS. A CONTRACULTURA REVISITADA. Com um foco na situação brasileira entre os anos 60 e 70, o colóquio terá, contudo, um perfil comparatista, abordando a contracultura em países como os EUA, a Espanha ou Portugal e interrogando atitudes constantes e ocorrências anteriores e posteriores, nomeadamente no universo da cibercultura.

Participarão no colóquio os seguintes docentes e investigadores: Alcir Pécora (UNICAMP, Brasil) [por Zoom], Alva Teixeiro (Universidade de Lisboa), Bruno Fontes (Materialidades da Literatura), Diogo Marques (IELT-NOVA-FCSH), Ernest Bowes (Centro de Literatura Portuguesa), Fernando Guerreiro (Universidade de Lisboa), Graça Capinha (Universidade de Coimbra), Gustavo Rubim (IELT-NOVA-FCSH), Gustavo Silveira Ribeiro (UFMG, Brasil), Jorge Louraço Figueira (ESMAE), Keissy Carvelli (UNESP-Assis, Brasil), Marcelo Moreschi (UNIFESP, Brasil), Nuno Neves (Centro de Literatura Portuguesa), Osvaldo Manuel Silvestre (Universidade de Coimbra-IEB-CLP), Pedro Serra (Universidade de Salamanca, Espanha), Rita Marrone (Centro de Literatura Portuguesa), Stephen Wilson (Universidade de Coimbra), Vincenzo Russo (Universidade de Milão, Itália).

O programa do colóquio será anunciado em breve. O colóquio será presencial e terá lugar na sala do instituto de Estudos Brasileiros da FLUC. Serão atribuídos certificados de presença.

O cartaz do evento, realizado por Thales Estefani, é livremente inspirado no trabalho gráfico de Luciano Figueiredo para a mítica revista Navilouca.

Maria Serena Felici na FLUC: traduzir “Esaú e Jacó” para italiano

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Maria Serena Felici, professora adjunta em língua portuguesa e culturas e literaturas lusófonas na Università degli Studi Internazionali di Roma (UNINT), dará amanhã uma aula na FLUC com o título “Traduzir história e literatura: Esaú e Jacó de Machado de Assis”. Maria Serena Felici é Doutora em Lingue, Letterature e Culture Straniere pela Università Roma Tre, com tese sobre Eça de Queirós. É autora dos volumes Alla periferia del progresso. Le correnti politiche ottocentesche in Eça de Queirós e Leopoldo Alas ‘Clarín’ (Sette Città, 2019) e Lusitania. Roma nella letteratura portoghese e brasiliana del Novecento (Edilazio, 2020), de traduções do português para o italiano e de vários estudos queirosianos. Faz parte do Grupo Eça (Brasil), do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias), do AISPEB (Associazione Italiana Studi Portoghesi e Brasiliani), do Observatório da Língua Portuguesa e de vários outros grupos de investigação e é professora visitante na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os seus estudos visam aprofundar a língua portuguesa e as literaturas lusófonas dos séculos XIX, XX e XXI.

Na sua aula sobre Esaú e Jacó, obra publicada por Machado de Assis (1839-1908) em 1904, quatro anos antes da sua morte, explorará as personagens dos dois irmãos, Pedro e Paulo, que nascem a 7 de abril de 1870, aniversário da abdicação de Dom Pedro I em favor de seu filho Dom Pedro II, e cuja biografia se desenvolve em redor da história do Brasil: a transição do império para a república, a emancipação dos escravos, o Encilhamento e todos aqueles traços culturais que determinam e modificam os acontecimentos históricos. Como será a tradução para uma língua e uma cultura estrangeira de uma obra tão profundamente nacional?

A aula da Professora Maria Serena Felici terá lugar na Sala do ILLP, no 7º piso, entre as 16h e as 18h.

Gustavo Silveira no IEB

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GUSTAVO SILVEIRA, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) dará, nos próximos dias 7 e 9 de dezembro, um curso breve no Instituto de Estudos Brasileiros com o título “Do não-objeto às poéticas da expansão: modulações performáticas”, a partir da obra de Paulo Brusky, Lenora de Barros, Ricardo Aleixo e Marília Garcia.

Gustavo Silveira é professor do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UFMG (PosLit). É autor de livros sobre Graciliano Ramos, Age de Carvalho, Roberto Bolaño e poesia brasileira contemporânea. Editou, entre 2015 e 2021, a revista Cadernos Benjaminianos (UFMG). Edita atualmente, com Daniel Arelli e Victor da Rosa, a Ouriço – revista de poesia e crítica cultural.

As sessões ocorrerão entre as 14h e as 18h e terão lugar na sala do Instituto de Estudos Brasileiros da FLUC. Serão atribuídos certificados de participação. Mais informação sobre o curso aqui.

Acesso Zoom para a sessão de dia 7 de dezembro:
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/87569335669?pwd=a3c0eExJanVpSzRERmVXR0FTc0NGdz09

ID da reunião: 875 6933 5669
Senha de acesso: 496992

Acesso Zoom para a sessão de dia 9 de dezembro:
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/82128902353?pwd=UHhCNmxtSGlYWEQ3MCsyUEpPQTVHUT09

ID da reunião: 821 2890 2353
Senha de acesso: 201661

“As escritas de si na crítica contemporânea de poesia”, por Diana Klinger

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Na próxima sexta-feira, dia 16 de abril, entre as 14h e as 16h, a Professora Diana Klinger, da Universidade Federal Fluminense (Niterói), dará uma palestra sobre o tema “As escritas de si na crítica contemporânea de poesia”. A palestra ocupará o espaço de uma sessão do seminário de Literatura Brasileira, no mestrado em Literatura de Língua Portuguesa, da FLUC. Deixamos aqui o resumo da palestra:

Como situar as leituras da relação entre poesia e subjetividade no contexto contemporâneo, atravessado pelas demandas identitárias e disputas pelo reconhecimento e a legitimidade de diferentes “lugares de fala”? A proposta é pensar esta relação a partir dos debates em torno da autonomia/ pós-autonomia da literatura, que retomam as ideias de  “poesia pura” ou “hermética”,  e de “paixão pelo Real”.

Diana Klinger é professora de Teoria da Literatura na Universidade Federal Fluminense.  É pesquisadora  do CNPq e coordena, junto a Célia Pedrosa, o grupo de pesquisa “Pensamento teórico crítico sobre o contemporâneo”. É autora dos livros Escritas de si, escritas do outro. O retorno do autor e a virada etnográfica (7 Letras, 2007, 2012) e Literatura e ética, da forma para a força (Rocco, 2014), e co-autora do Indicionário do contemporâneo (EdUFMG, 2018).

A sessão poderá ser acompanhada neste endereço zoom:

https://videoconf-colibri.zoom.us/j/85489544021?pwd=cmsxV1Jha0p6K21YYkxNVjl4Y3QvUT09

Serão atribuídos certificados de participação.

“Contornos humanos: primitivos, rústicos e civilizados em Antonio Candido”, por Anita de Moraes

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Na próxima quarta-feira, dia 7 de abril, entre as 17h e as 19h, a Professora Anita de Moraes, da Universidade Federal Fluminense (Niterói), dará uma palestra sobre o tema “Contornos humanos: primitivos, rústicos e civilizados em Antonio Candido”. A palestra ocupará o espaço de uma sessão do seminário de Tópicos de Pesquisa em Literatura Brasileira, no doutoramento em Literatura de Língua Portuguesa.

Anita Martins Rodrigues de Moraes é professora de Teoria da Literatura na Universidade Federal Fluminense (UFF). Os seus interesses de pesquisa voltam-se para as literaturas de língua portuguesa e envolvem as relações entre literatura, antropologia e os estudos pós-coloniais. De entre as suas publicações, destacam-se os livros O inconsciente teórico: investigando estratégias interpretativas de Terra sonâmbula, de Mia Couto (São Paulo: Annablume/FAPESP, 2009), Para além das palavras: representação e realidade em Antonio Candido (São Paulo: Editora da Unesp, 2015) e a antologia O Brasil na poesia africana de língua portuguesa (São Paulo: Editora Kapulana, 2019), elaborada em parceria com Vima Lia Martin (USP). Recentemente organizou, com Marcos Natali (USP), Marcelo Moreschi (Unifesp) e Lucia Ricotta (Unirio) o dossiê “Estranhando a teoria empenhada de Antonio Candido”, publicado no número 26 da revista Criação & Crítica (USP).

A sessão poderá ser acompanhada no seguinte endereço zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/86503134246?pwd=MDRNczUyNkxIUG5taE9aWldqUXBxUT09

Serão atribuídos certificados de participação.

“des/empenho”: performance por Marcelo Moreschi

MM

No âmbito das atividades paralelas à estadia de Nuno Ramos em Coimbra, Marcelo Moreschi, Professor na UNIFESP e perfomer, que participará no colóquio “Nuno Ramos e a experiência dos limites”, fará, no dia 27, pelas 16h, no Laboratório de Curadoria do Colégio das Artes, uma performance intitulada des/empenho: 7 definições de performance.

Eis a descrição da performance:

Organizada em fragmentos numerados de textos e imagens, próprios e desviados, des/empenho: 7 definições de performance é uma palestra-performance a respeito da arte da performance que explora a polissemia dos termos “empenho” e “desempenho”. A prática será abordada a partir de noções tais como: transferência, subjetivação voluntária, autoexposição radical, êxodo para o campo aberto, mixigne, limite arte-vida, jogo da guerra e lacração. Ao longo da apresentação do texto coreografado, sete definições conflitantes de performance serão apresentadas com o auxílio de objetos, cartazes e meu sintoma minha vida.

Texto e performance: Marcelo Moreschi (professor de teoria literária e literatura brasileira na Unifesp, coordenador do Grupo de Estudos da Deriva)

Direção e coreografia: Juliana Moraes (professora de dança na Unicamp, bailarina, coreógrafa e diretora.)

O cartaz, da autoria de Marcelo Moreschi, pode ser visto aqui.